domingo, 8 de janeiro de 2012

Toda Prosa

Venha como tiver de vir
Toda prosa, cheia de si
A gente sabe que não é hora
Mas no fundo a gente gosta
E você ainda mais
Pois está tendo o que esperou
Me vendo lutar
Por um pouco do seu calor

Venha, vamos lá, me provoca
Abuse dessa química nossa
E quando tiver que ser me abandone
Me dizendo que está feliz
Porque ao menos no final
Eu soube dar valor ao que perdi
Me jogando na cara
Que entre nós não há mais nada

Mas você há de admitir
Que tem saudade
Que ainda é viva a imagem
Das noites em que parávamos
Todo o mundo lá de fora
Em que criávamos nossa história
Baseada no prazer
De brincar com o teu prazer

E eu também no fundo sei
Que muito disso é só vaidade
Que você implora pra que eu rasgue
Com todo o seu orgulho
Que te segure com firmeza
E cale sua boca com a minha
Cravando em sua pele meu desejo
Te enchendo por dentro de alegria