domingo, 8 de janeiro de 2012

Toda Prosa

Venha como tiver de vir
Toda prosa, cheia de si
A gente sabe que não é hora
Mas no fundo a gente gosta
E você ainda mais
Pois está tendo o que esperou
Me vendo lutar
Por um pouco do seu calor

Venha, vamos lá, me provoca
Abuse dessa química nossa
E quando tiver que ser me abandone
Me dizendo que está feliz
Porque ao menos no final
Eu soube dar valor ao que perdi
Me jogando na cara
Que entre nós não há mais nada

Mas você há de admitir
Que tem saudade
Que ainda é viva a imagem
Das noites em que parávamos
Todo o mundo lá de fora
Em que criávamos nossa história
Baseada no prazer
De brincar com o teu prazer

E eu também no fundo sei
Que muito disso é só vaidade
Que você implora pra que eu rasgue
Com todo o seu orgulho
Que te segure com firmeza
E cale sua boca com a minha
Cravando em sua pele meu desejo
Te enchendo por dentro de alegria

sábado, 10 de setembro de 2011

Eu te amo II

Como eu posso omitir que te amo
Se o sorriso é consequência de pronunciar seu nome
De cada vez que te vejo
Por mais que eu tente esconder

Como posso dizer que não te quero
Se o meu corpo anseia o seu mais que tudo
E só tua saliva mata minha sede
E só você sabe a forma certa de me aquecer


Como posso em você não me viciar
Se quanto mais te vejo, mais te busco
E estar sem teu calor é a maior tortura do mundo
E só me sinto completo com você ao lado

Como posso querer ir
Se meu corpo deseja se enroscar mais no seu
E o mundo e o tempo param ao redor
E só existe você e eu

domingo, 31 de julho de 2011

Pra daqui um tempo...

Eu te prometo um amor
Diferente de todos que você já provou
Que será somente seu
E sirva pra alimentar seu calor

Que entenda todas as suas fases
E que brinque com seus disfarces
Que finja não saber te ler
Só pra te deixar mais cheia de você

Prometo nunca ter rotina
Te narrar em diferentes poesias
Com versos percorrendo teu corpo
E te amar diferente todo dia

Eu te prometo um filho
Pra te deixar surpresa consigo mesma
E que te faça descobrir
Que você esperou por isso a vida inteira

E te prometo brigas
Pra pedir desculpas, te mimar
Sentir teu beijo molhado de lágrimas
E todo o prazer de reconciliar

terça-feira, 31 de maio de 2011

Desabafo

Já começo isto afirmando
Que preferia estar escrevendo uma canção de amor
Mas nem só de bons
Sentimentos vive um homem

E embora na maior parte do tempo
Eu consiga controlar meus fantasmas
Às vezes eles vêm a tona
E é um tanto difícil contê-los

Mas parando para analisar
Sinceramente, do que tenho pra reclamar?
Acho que finjo acreditar que vivo num inferno
Talvez pra me sentir um pouco importante

Sei lá...

São coisas que a gente
Não sabe bem explicar
Mas no fundo nosso espírito entende

E quando a gente volta a si
Geralmente estamos mais fortes
Que anteriormente.

sábado, 14 de maio de 2011

Fim

Deixe-me morrer um pouquinho hoje a noite
Porque o frio corrói meus ossos
E eu já não sou tão forte como dizia

Deixe-me pensar em tudo de bom
Por mais angustiante que isso seja
Mas vai me tirar risadas das lembranças

Deixe-me sofrer tudo de uma vez
Cair, rasgar, afundar-me em mim
Porque a dor vai ser grande, mas vai passar

E a vida há de continuar, como se tudo tivesse sido um sonho bom...

terça-feira, 7 de setembro de 2010

Perfeição

O seu corpo é um vício
Que eu não quero largar
É um desejo contínuo
Que nunca vai se saciar

É chama que nunca apaga
Aumenta, consome, deflagra
Todo um prazer que eu
Jamais poderia imaginar

Minha mente não responde a nada mais
Libido que você desperta e satisfaz
De maneira que nenhuma outra faria
Só você sabe a exata química
Nossa conexão
Calor dos corpos unidos
Perfeição...

sexta-feira, 11 de junho de 2010

Poeta-morto

Não sei escrever
Não sei rimar
Armar, mudar, completar
Insisto por me iludir
Por fingir
Sonhar, acreditar, mentir
Pois não existe poeta que não saiba amar
Ou ao menos isso enxergar
Cansado de verdades alheias que cercam
De gente que realmente é inteligente
E que de verdade ama
Pois sofre por amor
Ou diz sofrer por amor
Que vê beleza nessa dor
Ou que diz que sente dor
E é tão convicto que faz sua verdade a verdade
E nega veemente
Eu não entendo de verdades
Eu não sofro por amor
Eu não nasci pro amor
Eu não nasci pra dor
Eu não sou poeta
Sou roto
No máximo, poeta-morto